O Colégio Maxi encontrou uma forma de voltar com velhos hábitos em tempo de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus. No Dia dos Namorados (12 de junho) o Espaço Multiuso recebeu mais uma edição do Recreio n’ Roll, só que com transmissão pela internet. Para essa primeira live do tipo, a atração convidada também foi especial: a banda Maoa, formada por ex-alunos.
O grupo, composto por Leonardo Kennedy (vocal/guitarra), Romulo Bovolon (bateria) e Rafael Taveira (contrabaixo), apresentou um set com repertório que mesclou material próprio com músicas de artistas como Seu Jorge e Sandra de Sá, além de nomes internacionais. O vocalista explica que há uma clara predileção da banda pela black music, com muito soul, funk norte-americano e a brasilidade do samba rock.
Os alunos puderam conhecer também músicas de trabalho do Maoa, que busca construir uma carreira profissional no mercado. Tanto que já possui três faixas gravadas, que inicialmente fariam parte do primeiro EP, mas estão sendo lançadas como singles. A primeira, Silêncio, chegou às plataformas e redes sociais há pouco mais de um mês. No domingo passado (14) foi a vez de Curupira, que nesta quinta-feira (18) ganhou clipe feito com animação. A próxima deve sair dentro de um mês, projeta Leonardo.
A repercussão, segundo o professor Carlos Leão, diretor do Maxi, foi a melhor possível. “Nós fizemos esse evento para levar um pouco de leveza para os alunos, para eles matarem um pouco da saudade da escola. E o bacana é que a banda é de ex-alunos. Eles acabaram também matando um pouco da saudade da escola, levando alegria para os meninos e meninas que estão em casa”, comemora.
Leão explica que a ideia foi a de levar descontração nesses tempos difíceis dentro do propósito do Recreio N’ Roll. Ele consiste em reservar o espaço uma sexta-feira por mês para que músicos ou mesmo os próprios alunos mostrem seus trabalhos dentro desta que é uma linguagem universal. “Os alunos reportaram pra gente que adoraram. Inclusive por poder rever a escola. Há quanto tempo estão sem entrar nela, não é!? Pelo menos de forma virtual eles voltaram para a sala multiuso, para o espaço que aproveitam tanto”, conta.
O diretor revela que a satisfação foi grande também para o pessoal da Maoa. ““Eles ficaram muito felizes de poder voltar ao Maxi e nós também muito contentes de poder recebê-los. Foi uma experiência muito agradável. É uma banda que tem preocupação especial com a música, as letras”, analisa Leão.
A consistência do trabalho é uma mostra de que a Maoa pretende construir uma carreira profissional. Leonardo conta que chegou a estudar Engenharia Mecânica nos Estados Unidos por influência dos pais, mas se deu conta que não era esse o caminho que queria para sua vida. Abandonou o curso e resolveu voltar para Cuiabá e montar uma banda. “Estudei três anos lá só pra perceber o que eu realmente sou, o que minha alma é. Me lembrei que sempre fui músico”, revela. O destino fez com que encontrasse dois outros apaixonados pela música e a coisa engrenasse. “Acabei encontrando eles por total coincidência do destino. Montamos a banda e desde o começo deu super certo”, frisa, informando que a Maoa está com dois anos e meio de estrada.