Alunas do Colégio Maxi estão entre as competidoras da 13ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), que acontece entre 29 de outubro e 1º de novembro, em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro. A equipe formada por Maria Eduarda Uhdre Rios, Gabriele Lara Alcântara e Ingrid Reis Marconi, coordenada pelo professor de Física Mohamad Fares, foi classificada por conseguir lançar seu protótipo a mais de 100 metros de distância.
A MOBFOG é uma olimpíada inteiramente experimental, que consiste em construir e lançar, obliquamente, foguetes, a partir de uma base de lançamento, o mais distante possível. Foguetes e bases de lançamentos devem ser construídos pelos alunos individualmente ou em equipes. No caso do Maxi, o grupo tem um diferencial interessante: é formado por três garotas. É algo raro nesse tipo de competição, em que há uma predominância masculina.
O trio provou logo de cara que a questão de gênero pouca importa nesse caso. “Muita gente não botou fé em nós porque éramos só meninas”, lembrou Ingrid. “Acho muito importante ter uma representatividade feminina nesse concurso. As meninas estão aí para o jogo e a gente vai conseguir, como já conseguimos aqui. Vamos surpreender muita gente”, garantiu Maria Eduarda.
A fórmula do sucesso da equipe está em uma definição acertada de papéis, aproveitando a vocação de cada uma. Maria Eduarda ficou responsável pela parte de montagem do artigo, o roteiro de lançamento e cálculos da base; Gabriele ficou responsável pela parte de corte das peças do foguete e da simetria; e a Ingrid com a montagem do foguete e da base. “São três perfeccionistas num mesmo grupo”, definiu Gabriele.
Para o professor Mohamad Fares, os talentos contaram, mas a forma como conseguiram se organizar foi determinante também para o sucesso e a classificação. “O que chamou minha atenção principalmente na equipe foi a capacidade de trabalhar em grupo, a divisão que elas conseguiram fazer foi bem eficiente. A perspectiva de trabalhar novos materiais para os foguetes. Elas tiveram grandes ideias de como melhorar a aerodinâmica e, principalmente, o trabalho meticuloso que elas tiveram na parte de corte de asa para melhorar a aerodinâmica”.
Não será uma tarefa fácil no Rio de Janeiro, frisou o coordenador. “O que vamos enfrentar não é uma competição só com lançamentos. Lá elas também vão ser avaliadas sobre como o foguete foi construído, as ideias que tiveram, os cálculos. Tudo isso será analisado”, ressaltou. Também será um momento de aprendizado, segundo ele, com uma série de atividades. “Inclusive o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, vai dar uma palestra para eles sobre voo aeroespacial, lançamento de foguetes”, exemplificou.
“O Brasil nos últimos anos tem buscado avançar bastante nessa etapa, trazer a ciência mais para dentro do colégio. O Maxi está mais uma vez na vanguarda aqui na cidade”, ressaltou Mohamad.
Fonte: Pau e Prosa Comunicação
Foto: Helder Faria