Alunos protagonistas de reflexões sobre o uso de álcool, drogas e gravidez na adolescência, ditadura da beleza e alimentação. Assim foi o encerramento do Festival Cultural, o maior evento do Colégio Maxi, que reuniu alunos, familiares e professores em um exercício ao longo de quase seis meses de estudos, análise crítica de questões sociais e em atividades extraclasse junto à sociedade.
No evento, realizado na noite desta segunda-feira (25) na maior sala do Centro de Eventos do Pantanal, alunos fizeram apresentações, no modelo de TED Talks, e exibiram curta metragens sobre os temas tratados pelo programa de desenvolvimento humano chamado Rumo Certo, que foi implantado no colégio este ano. “A proposta do projeto é de educação integral dos alunos e é perceptível o potencial dos filhos de vocês”, afirmou o coordenador do projeto Luiz Eduardo Saragiotto, coordenador de Saúde para a Vida do Colégio Maxi.
O programa Rumo Certo foi desenvolvido em três vertentes: saúde, adolescência e sexualidade e, por último, álcool e outras drogas. Esses assuntos foram pauta de discussões, estudos e reflexões ao longo de seis meses e também foram os temas tratados nas atividades do Festival Cultural, no qual participaram alunos do Ensino Fundamental e Médio.
O resultado apresentado no Festival Cultural mostrou que o objetivo foi cumprido. Um exemplo é o envolvimento de três gerações da família Siquineli na atividade proporcionada pela escola. Camila, de 15 anos, apresentou o TED Talk da turma do 1º B sobre o tema álcool e direção. “Ter a oportunidade de dirigir significa ter independência, liberdade, mas com responsabilidade”, afirmou a aluna em sua apresentação.
Para Camila, a experiência proporcionada pelo Festival Cultural foi construtiva. “Vi que a coisa [os números de acidentes causados por ingestão de álcool] era muito maior do que eu pensava. Muitos acidentes acontecem. Todos os temas abordados em todas as palestras são muito maiores do que eu imaginava”, confessa a aluna.
A mãe de Camila, Fabíola Siquineli, acompanhou a filha e deu suporte para as atividades que antecederam o dia da apresentação e da exibição do curta metragem. “Eu vi que é uma forma de aprendizagem que interessam aos alunos, são assuntos importantes e que fazem parte da vida deles. E quando eles têm que falar sobre o assunto são obrigados a estudar e absorvem muito mais”, afirma a mãe.
A avó Wilma Siquineli acompanhou atenta a desenvoltura da neta no palco. “Achei uma forma muito moderna de falar desses assuntos. As crianças estão muito entendidas, entendem bem as coisas e as apresentações são uma maneira de se desinibir”, afirmou a avó.
Isadora Donoso Fachetti, do 1º C, foi a atriz principal no curta metragem que abordou a ditadura da beleza imposta pela mídia. “Esse tema é bem polêmico porque a mídia impõe a necessidade de um corpo perfeito. Chegamos à conclusão que temos que nos aceitar do jeito que somos. Eu não preciso fazer de tudo para que outras pessoas me aceitem”, refletiu a aluna que estava acompanhada da família na plateia.
A aluna estava acompanhada dos pais que assistiram emocionados a cada cena do curta metragem. A mãe Magali Farias Donoso Fachetti afirmou categoricamente que “a mensagem do curta-metragem chegou”, referindo-se aos ensinamentos que o curta-metragem proporcionou à filha e aos participantes do evento daquela noite.
Fonte: Pau e Prosa Comunicação