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Emmanuel Marinho encanta com poesia na abertura da Festa Literária

Alunos, pais e professores puderam apreciar na quarta-feira (23) o ofício do multiartista sul-mato-grossense Emmanuel Marinho, convidado para apresentar o espetáculo “Com a palavra, o poeta” durante a abertura a 1ª Festa Literária do Colégio Maxi. O poeta da noite refletiu com precisão o tema do evento: “Re(existindo) pela arte, a literatura como forma de significação da humanidade”.

“Além de escritor e ator, eu sou um arte-educador, essa é a área de atuação que eu mais sinto prazer de atuar. Nosso país precisa muito de leitores. O Brasil é um país onde o índice de leitura é muito baixo. Isso é muito importante para um cidadão crítico e criativo”, afirmou Emmanuel Marinho.

Emmanuel nasceu em Dourados no período em que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul ainda compunham um mesmo estado. O multiartista possui formação acadêmica em psicologia e pós-graduado em artes cênicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele comentou sobre o espetáculo “Com a palavra, o poeta”.

“É um espetáculo interativo, com muita poesia e música. Eu convido as pessoas para participarem. Eu chamo o momento de celebração da partilha. Convido as pessoas para uma poesia, uma boa notícia, qualquer manifestação”, afirmou.

Emmanuel ocupa desde 2015 a cadeira número 33 da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras e é autor dos livros como Ópera 3 (1980), Cantos de Terra (1982), Jardim das Violetras (1983), Margem de Papel (1994), Satilírico (1995), Caixa de Poemas (1997) e Caixa das Delícias (2016).  Na música, Emmanuel gravou o disco “Teré”, já em sua terceira edição, onde reuniu nomes singulares como Itamar Assumpção, Paulo Lepetit, Toninho Ferragguti e Alzira Espíndola.

O primeiro dia

A proposta da Festa Literária é a exploração da arte como campo do conhecimento que leva o ser humano ao questionamento profundo do mundo social, mas principalmente do existencial. O professor e coordenador do Ensino Médio do Maxi, Carlos Roberto Leão, explicou um pouco mais sobre como surgiu a ideia do evento.

“Desde de 2012, quando estive numa edição da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), pensava na possibilidade de um evento como esse, uma festa literária aqui no Colégio Maxi”. Numa citação à Prelúdio de Raul Seixas – “Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só Mas sonho que se sonha junto é realidade” – Leão lembrou que foi isto que ocorreu. “Sonhamos juntos e alcançamos o objetivo. Estamos aqui hoje”. Ele fez questão também de agradecer e reconhecer o trabalho da professora Luciane Beserra, que foi uma das responsáveis para que o evento pudesse ocorrer.

A abertura da Festa Literária contou ainda com a inauguração da Geladeiroteca, um espaço para fomentar a leitura e a pesquisa literária nos alunos. A aluna Ana Carolina, do 3º ano C, considerou a noite uma das mais importantes do Maxi. “Esse tipo de aula, em eventos como a festa literária, é mais importante do que ficar fechado numa sala. É claro que as coisas se complementam, a sala e atividades abertas, mas falar sobre literatura, sobre arte como uma coisa essencial para a formação humana, isso ao meu ver é matéria obrigatória”, afirmou.

Ainda durante a noite, foi entregue o prêmio de melhor Charge para a aluna Ana Carolina, do 9º ano C. O artista ilustrador e roteirista Wander Antunes, criador do personagem “Zózimo Barbosa”, que inspirou a série de televisão “Cidade Proibida”, participou como jurado.

Soyane do Prado, mãe da aluna Raiane do Prado, fez questão de acompanhar a filha durante toda a noite.  “O trabalho do Emmanuel Marinho é lindo. Assim como é lindo a festa sobre literatura que o Maxi está fazendo. Na figura de mãe, faço questão de participar, aproveitando tudo que está sendo apresentado e também incentivando minha filha”, finalizou.

Imortais da academia Mato-grossense de Letras prestigiaram a abertura da Festa: Lucinda Persona, Marta Cocco, Cristina Campos, Ivens Cuiabano Scaff e o Presidente da Academia, Sebastião Carlos Gomes de Carvalho estiveram presentes. Além deles, o escritor Luis Renato Souza Pinto, o autor Santiago Santos e a doutora em letras, autora e poetisa Divanize Carbonieri abrilhantaram a noite.

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Fotos: Pedro Ivo