Promover a pesquisa, expandir a criatividade, incentivar a inovação e estimular o desenvolvimento de soluções à sociedade são alguns propósitos do FabLab, que será instalado pela primeira vez em uma escola em Mato Grosso. O programa é uma forma de construir conhecimento a partir da experimentação e pesquisa, para alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, que já começaram os primeiros testes.
“A ideia é fazer com que os alunos entrem o quanto antes no mundo da pesquisa, da iniciação cientifica, com normas, métodos, a partir da observação e da existência de um problema”, explica o geógrafo e historiador Ricardo Martins, professor do Colégio Maxi, em Cuiabá. Com aulas duas vezes por semana, o programa realiza uma abordagem multidisciplinar, num espaço para potencializar as ideias. “O aluno parte de um problema e busca uma solução, de forma viável e de baixo custo”, pontua o professor.
O conceito de FabLab (em inglês fabrication laboratory) surgiu há pouco mais de dez anos, no Centro de Bits e Átomos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e, o Colégio Maxi é um dos primeiros no Brasil a oferecer a estudantes do Ensino Fundamental. “Ano passado tivemos cerca de 80 participantes. O diferencial é que o aluno chega ao Ensino Médio e na Universidade mais preparado para os desafios profissionais e do cotidiano”, enfatiza Ricardo.
Pedro Teodoro Neto é acadêmico de arquitetura na Universidade Federal de Mato Grosso e ex-aluno do Colégio Maxi. “Desde o Ensino Médio tive o interesse por mecatrônica e, na faculdade, junto com amigos e professores criamos há quatro anos, o primeiro laboratório Fab Lab da UFMT”, conta Pedro. No Colégio Maxi, o universitário irá auxiliar os alunos na aplicação das ideias.
Gabriel Duarte, de 13 anos e aluno do 9º ano do Colégio Maxi, é um dos participantes do FabLab e está entusiasmado com o programa. “É bem interessante e inovador, porque é difícil escolas que oferecem esse tipo de projeto que incentiva o aluno a revolucionar a sociedade”, disparou. Questionado a razão de querer revolucionar a sociedade ele explica que é construindo coisas que podem melhorar a vida das pessoas na medicina e na política por exemplo. “Hoje construímos um braço mecânico de papelão, que pode melhorar a vida de pessoas deficientes”, pontuou.
No FabLab do Colégio Maxi, os estudantes terão acesso a equipamentos como a impressora 3D, as máquinas de corte a laser, entre outros. Outro aluno que aprovou a iniciativa do Colégio em oferecer o FabLab é Daniel Costa Marques, também de 13 anos e aluno do 9º ano. De acordo com ele, é a oportunidade de desenvolver conhecimentos que podemos levar para o resto da vida, além de estimular nossa criatividade.
“O FabLab tem essa proposta de inventar coisas para ajudar as pessoas e por isso resolvi participar”, diz a aluna Lara Cardoso Moraes de 12 anos e que está 6º ano do Ensino Fundamental. Para ela, a criatividade é necessária em todos os lugares e instigar os alunos a criar, inovar, pensar diferente os tornarão melhores adultos.
Fonte: Pau e Prosa Comunicação