Com a proposta de envolver as áreas humanas, biológicas e exatas, o Colégio Maxi realizou a Feira de Ciência e Tecnologia, nesta quarta-feira (07.11), com a participação dos 400 estudantes do Ensino Fundamental II. As atividades foram diversificadas, passando por exposição de alguns animais, temas sustentáveis, construção de mecanismos eletrônicos, entre outros.
O diretor do Maxi, professor Leão, explicou que o intuito foi fomentar o conhecimento científico, mas em conjunto com outros conteúdos trabalhados em sala de aula. “É um momento diferenciado, em que os alunos demonstram empolgação nas pesquisas e enorme satisfação no momento das apresentações”. A coordenadora do Ensino Fundamental II, Lilian Rodrigues, endossou. “Temos a parte histórica contemplada, a questão da sustentabilidade, além da área de exatas, que é diretamente relacionada ao conhecimento científico. O resultado foi uma mostra que aliou diversidade e tecnologia”.
Os estudantes do 9º ano ficaram responsáveis pelo projeto de sustentabilidade, e se revezaram no estande da feira. Priscila Ferreira, Vinicius Parente e Maria Eugênia Costa, todos do 9º A, explicaram a importância de praticar os 3R’s (reduzir, reutilizar e reciclar) e ressaltaram que a preservação do meio ambiente, além de uma questão de conscientização, é economicamente viável. As turmas fizeram cadeiras, mesas e objetos de decoração do ambiente com materiais recicláveis.
O funcionamento da energia potencial foi outro tema trabalhado. Lucas Guadagnin, do 8º A, frisou que o interesse pela Física aumentou. “Sempre gostei dessa área de Exatas, mas com a preparação para a feira passei a me interessar ainda mais. Penso em cursar alguma Engenharia, pois gosto de estudar essa área e acho promissora”, destacou o jovem de 13 anos.
A mostra foi realizada no início da noite com o intuito de incentivar a participação dos pais, familiares e amigos dos estudantes. Adriana Guerra era só orgulho do filho Murilo Guerra, que cursa o 7ºB. “Eu achei o máximo, é um momento de interação muito importante, e eles perdem a vergonha de falar sobre o tema, para nós é uma grata surpresa”. O filho, de 12 anos de idade, expôs o projeto sobre Engenho, que mostrou a produção de cana de açúcar e contextualizou a história do período de escravidão também. “Pesquisamos sobre o assunto, aprendemos bastante coisas e tentamos retratar na feira”.
Atividades interativas
O Fab Lab Pró, que trabalha projetos de iniciação científica com alunos dos Ensinos Fundamental II e Médio, também foi contemplado pela feira. Os jovens participaram de uma oficina de desenvolvedor de game 2D, ministrada por um professor da Super Geeks, franquia de uma startup que chegou a Mato Grosso há cerca de seis meses.
O estudante do 8º ano D, Mateus Freitas Nakata, de 13 anos de idade, disse que gostou da experiência. “Achei bem legal e o professor explicou muito bem todos os comandos, foi a primeira vez que desenvolvi um game e gostei muito”. Segundo o representante da Super Geeks, Fabio Amato, adolescentes dessa faixa etária e até crianças demonstram facilidade na área de programação. “As escolas têm percebido isso e valorizado a tecnologia, e os pais também estão incentivando os filhos”.
A feira também contou com uma aula imersiva, por meio de um planetário móvel. Uma estrutura foi instalada na sala multiuso do Colégio Maxi para projetar vídeos sobre o sistema solar e simulação de montanha russa. Em 10 minutos de apresentação, os estudantes tiveram uma experimentação visual diferente, como explicou o representante da Infinitte Planetário, Julian Zilio. “É uma experiência que explora a visão periférica e causa um efeito de simulação do céu, promovendo entretenimento e aprendizado”.
A estudante do 7º C, Kamilly Nascimento, achou o planetário bem interessante. “Parecia muito real, principalmente na parte de simulação da montanha russa, era como se eu estivesse lá”. Na avaliação dela, que tem 13 anos de idade, estas atividades proporcionadas durante a feira ajudam a fixar o aprendizado e compartilhar entre os colegas.
Ainda dentro da proposta interativa, o Maxi proporcionou, em parceria com a Universidade de Cuiabá (Unic), a operacionalização de um simulador de voo visual. O coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas, Henrique Barbosa, explicou que os estudantes conseguem entender como funciona um voo e outros aspectos relacionados. “Eles têm uma noção de aerodinâmica e do uso dos equipamentos, e se mostram interessados e com facilidade de assimilar as instruções”. Hiago Kauan, do 7º C, gostou de participar da simulação. “Parei para olhar por curiosidade e decidi testar, achei muito legal”.
Pau e Prosa Comunicação
Foto: Junior Silgueiro