O segundo dia da Festa Literária do Colégio Maxi 2019, nesta quinta-feira (16 de maio), começou com as já tradicionais conversas com os escritores, uma maneira de aproximar os leitores dos autores e incentivar tanto o ato de ler como o de escrever. Os convidados foram dois profissionais de outras áreas que descobriram um novo caminho por meio das letras: Marcelo Leite Ferraz e Eduardo Mahon.
Jornalista formado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Marcelo Leite Ferraz foi um dos vencedores do Concurso Literário Prof. Sérgio Dalate, realizado pela instituição, na categoria Conto. Em 2017, foi contemplado com o Prêmio Mato Grosso de Literatura pelo romance “O Assassinato na Casa Barão”. Sendo este último o ponto de partida para o bate-papo com os alunos do 1º ano.
Deixando claro que se considera aspirante a escritor, apesar de ter outras obras além das duas citadas, ele falou sobre o ofício da escrita ao sanar as mais variadas dúvidas do público. E ficou impressionado com o nível dos questionamentos e o conhecimento sobre a obra que os estudantes demonstraram. “Foram perguntas muito bem elaboradas, pareciam adultos mesmo conversando, interagindo com o escritor. Mostra que a criatividade deles tem tudo a ver com o potencial de estudo que o Maxi está ofertando para seus alunos”, elogiou.
“A oportunidade que o colégio dá de a gente ler um livro e depois receber o autor e poder tirar todas as dúvidas é incrível”, valorizou Maria Carolina Alves de Almeida, do 1º D. Outro aspecto ressaltado por ela foi o fato de ser um talento da terra. “É um escritor cuiabano e isso é mais legal ainda, porque é da nossa cidade, do nosso estado”.
Luiza Vieira Moimaz, do 1º D, reforçou os elogios à oportunidade de conversar com o autor sobre as obras e considerou um grande incentivo. “Acho muito bom, porque às vezes tem algum aluno que quer escrever um texto, uma poesia, uma crônica, e às vezes fica meio tímido. Então as pessoas acabam ficando mais abertas a isso”, analisou.
Antes de assistir à conversa com o advogado e escritor Eduardo Mahon, os alunos fizeram atividades com o livro Contos Estranhos (Weird Tales), de 2017. Mas ele não se restringiu a falar somente sobre o Realismo Fantástico que recheia a obra. Deu dicas importantes para uma consistente formação tanto do leitor como do escritor, além de deixar claro que é possível dedicar-se à literatura concomitantemente às outras profissões.
“Nós todos já sabemos que o leitor começa na adolescência. Quando a escola faz isso aqui, ela vai garantir que uma pessoa já de 30 anos, que ainda é nova, seja um bom leitor”, observou Mahon, referindo-se ao encontro entre autor e público. Foi justamente o gosto pela leitura, despertado ainda muito cedo, que ajudou o operador do Direito a construir o escritor hoje com mais de dez livros lançados e outros em produção.
A conversa plantou muitas sementes na opinião de Valentina Bueno, do 2º B. “Achei esse bate-papo muito interessante porque acabou incentivando muitas pessoas. Tenho certeza. Porque ele que você pode ter dois sonhos ao mesmo tempo e fazê-los virarem realidade. Isso é muito incrível”, avaliou a aluna, que gosta de desenhar.
Para José Antonio Neto (ele não falou o ano), as dicas sobre como se tornar um bom leitor foram bastante válidas. Como a sugestão de começar a ler os grandes autores por seus livros mais “fáceis”. E sobre como uma leitura variada pode fazer a diferença na vida de uma pessoa. “Ele falou como podemos usar os livros para enriquecer nosso vocabulário e desenvolver as próprias técnicas, criando um poder maior de argumentação e levando isso para nossa vida como aprendizado”, exemplificou.