Uma viagem no tempo por meio da arte e o retorno da interação entre os alunos marcaram mais uma edição do Festival Cultural do Colégio Maxi, realizado desde 2009. O evento, que voltou após dois anos sem realização por causa da pandemia de covid, foi retomado em grande estilo com o tema “As Canções na História: Músicas Que Marcaram Época”. Ele foi trabalho em apresentações e painéis que retrataram alguns dos mais significativos períodos da trajetória brasileira recente.
O Festival Cultural foi encerrado no dia 30 de junho, fechando um ciclo rico em conteúdo e experiências. Segundo o professor Ricardo Matias, que coordenou o evento no que diz respeito às turmas do Ensino Médio, é a culminância de um projeto que começou há dois meses, com os alunos trabalhando, produzindo com base no tema proposto e exercitando pressupostos que fazem parte da nova pedagogia. “Que é o aprender por meio de atividades que sejam lúdicas e que sejam mais significativas para eles. E o projeto justamente contempla isso”, frisou.
Esse esforço se traduziu de diferentes formas durante o Festival. Eles produziram painéis com base em músicas que marcaram a história, trazendo informações sobre períodos difíceis no país, proporcionando assim a oportunidade de entenderem os contextos das canções, as letras. Além disso, demonstraram suas habilidades artísticas no já famoso show de talentos. “Nós vimos que eles conseguem mostrar uma capacidade diferente daquela da sala de aula. Conseguimos perceber habilidades que em sala não conseguiríamos e o festival vem para isso mesmo”, ressaltou.
Há inclusive um outro viés que agrega ainda mais valor ao evento. “O Festival não envolve só a questão pedagógica, artística, tem também a parte social, de solidariedade. Cada turma de cada série se organizou para arrecadar alimentos e nós vamos selecionar instituições para fazer a doação”, acrescenta.
Coordenador pedagógico do Ensino Médio e diretor adjunto do Maxi, Paulo Rogério e Silva, salientou outro aspecto que considera dos mais relevantes. “Depois de dois anos sem realizar o festival, foi muito importante retomarmos esse evento porque ele atua justamente na interação entre os estudantes. Nós recebemos inúmeros relatos de alunos que estavam com dificuldade de fazer amizade, interagir e que durante o festival foram conseguindo se relacionar com os colegas e nós tivemos um avanço muito importante nesse sentido”, comemorou.
Os jovens também comemoraram a volta, como Elisa Garcia Spadoni, do 2º B. “É muito bom a gente estar voltando de uma pandemia e poder trazer isso tudo de volta”, opinou. Para ela foi muito interessante poder trabalhar o tema, voltando ao passado e contextualizando as músicas. “Foi muito interessante porque eu sempre gostei muito de Legião Urbana. Então a escola nos proporcionar esse tema em que a gente podia se conectar com a música foi muito divertido. Foi uma experiência única. O estresse valeu a pena no final”, elogiou a aluna cuja classe trabalhou a canção Que País É Esse.
Júlia Lima Mello, 2º do Ano D, enalteceu a oportunidade de os alunos se unirem em torno deste que é um tema tão significativo. “Fez com que os alunos tivessem uma interação muito grande, se unissem mesmo para conseguir entregar para a escola um projeto muito bom e legal. E eu achei uma iniciativa muito boa da escola, espero que continue tendo para sempre”, pediu a aluna, que gostou de conhecer contextos importantes para a história e a cultura do país. “Muitos cantores que são atemporais, mas que mesmo assim, talvez pela nossa época, a gente não tem tanto contato”, lembrou.
O encerramento – o início foi na terça (28) -, além do tradicional número dos professores, contou com apresentações de alunos do 6º e do 9º ano, como continuação do dia anterior, e um show especial. Desta vez quem subiu ao palco foram os músicos da Sumac Records, que tocaram músicas como Será e Ainda é Cedo (Legião Urbana), Malandragem (Cazuza), Gatas Extraordinárias (Caetano Veloso), À Sua Maneira (Capital Inicial), Bete Balanço (Barão Vermelho) e composições próprias.
A realização do festival contribuiu e muito para a retomada do clima festivo e acolhedor característico do colégio e já estamos ansiosos para o próximo em 2023.