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Marta Cocco e Luiz Renato encerram programação da 1ª Festa Literária do Maxi

Dois importantes escritores mato-grossenses proferiram palestras nesta sexta-feira (25 de maio) no encerramento da programação da 1ª Festa Literária do Colégio Maxi. Marta Cocco concentrou sua fala, voltada aos alunos dos 6º e 7º anos, nos benefícios da leitura, enquanto Luiz Renato utilizou as próprias experiências para falar aos alunos do 8º e 9º anos sobre o (difícil) ato de se dedicar à literatura.

Como um evento que nasceu com o objetivo de estimular a leitura e o fazer artístico, a Festa Literária não poderia fechar sua programação, aberta no dia 23 de maio, com melhores exemplos. A premiada Marta Cocco, membro da Academia Mato-grossense de Letras que possui vários livros editados, baseou sua fala nos resultados comprovados da dedicação a esta atividade, que vão muito além do que se imagina, tanto no plano cognitivo, da razão, como no emocional.

“Ler traz benefícios de toda ordem. De raciocínio, capacidade de abstração, de estabelecer relações com outros textos já lidos, levantar hipóteses. Tudo isso no plano mais da razão. Mas o ser humano necessita, é de sua natureza, independentemente da cultura, da fabulação. De alimentar a sua alma, o seu espírito, a sua mente naquilo que não é do mundo pragmático. A literatura vai preencher esse espaço também”, exemplificou.

Os alunos mostraram que conseguiram captar bem a mensagem. “O livro é algo indispensável. Ele ajuda a gente a imaginar e ver as coisas de um ponto de vista diferente”, defendeu Carlos Augusto Ganne Melnec, do 6º B, que garantiu diminuir o tempo gasto com videogames para se dedicar mais à leitura. Até quem tem o costume se sentiu ainda mais incentivado, como Roberta Gabriele da Silva de Oliveira, do 7º C. “Eu comecei a ler e me apaixonei pela leitura, tem vários livros que eu gosto, mas pretendo ler mais. Parei um pouco por causa mais da escola, para estudar”, revelou.

Na palestra “Cardápio Literário”, Luiz Renato falou bastante sobre seu trabalho. “Eu acho interessante falar dos bastidores da produção. Como surgem as ideias, como são formatadas, como são adaptadas até virar o produto final”. Para ele é importante desmistificar a figura do escritor, mostrar que na verdade não há um segredo ou uma fórmula secreta. “Eu acho que isso faz parte do trabalho de formação de leitor”, frisou.

Segundo Luiz Renato, são grandes os ganhos quando os alunos têm acesso ao autor e às suas obras. Por isso prefere não cobrar cachês, mas vender seus livros às escolas. “Para que os professores possam levar para sala de aula e fazer o trabalho. O que garante formação de leitor e do escritor são oficinas em escolas, viagens, se colocar mais perto do público para quebrar esse mito de que o autor, o artista é um ser impenetrável, distante ou até mesmo melhor que os demais”, reforçou.

Seu exemplo serviu para que os alunos valorizassem ainda mais o trabalho do autor. “Com certeza vai ajudar muita gente a ler. Só de ver essa palestra eu já quero ler um monte de livros, ler mais. Está muito corrido, por causa dos estudos, mas vou voltar à literatura e ele com certeza incentivou bastante”, opinou Giovani Garcia, do 8º D. “Achei bem legal a palestra, bem educativa. Mostrou como é legal ler. E é mesmo muito legal. Mostrou que a gente tem que se abrir para eles [os livros]. O escritor falou sobre como foi difícil para ele, mas que conseguiu, com dedicação”, ressaltou Giovanna Steinle Ruivo, do 8º A, fã declarada do gênero ficção científica.

Fonte: Pau e Prosa Comunicação