A partir de 2022, o “Novo Ensino Médio” será uma realidade em todo o Brasil. A proposta, que altera algumas metodologias em sala de aula para as turmas da 1ª a 3ª série, vem sendo discutida por professores e coordenadores para a elaboração de novos currículos e planos de aula. No Maxi, as equipes concluíram no sábado (02), o curso de formação específico para o novo Ensino Médio. Entre as atividades, professores simularam aulas para os colegas já com uso de técnicas da proposta.
Para o diretor geral do Maxi, professor Carlos Leão, não existe escola acomodada, uma vez que a educação é um processo dinâmico e de formação constante. Com a proposta do novo Ensino Médio voltado para as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os professores tiveram que reformular suas metodologias e compreender a integração das áreas no conteúdo em sala de aula.
“Acreditamos muito na formação continuada e que juntos possamos levar o melhor trabalho para a sala de aula. A escola que se acomoda fica no passado. Agora, o nosso objetivo é atualizar o Ensino Médio, compreendendo como funcionará a formação geral básica e os itinerários formativos, que possibilitam ao aluno o protagonismo na aprendizagem, já que ele poderá encontrar o que mais chama sua atenção e direcionar melhor seus estudos para isso”.
Iniciado em agosto, o curso de formação contou com vários encontros para a apresentação do currículo do Maxi para 2022 e a proposta da BNCC, além do contato com o material do Sistema Anglo para o planejamento de seminários conforme as novas diretrizes. Em seguida, a equipe foi dividida por áreas do conhecimento com as apresentações de aulas experimentais de professores para professores. No primeiro grupo, ficaram as áreas de Linguagens e Humanas, e no segundo, Matemática e Ciências da Natureza.
Professora de História e Sociologia, Kátia Hartmann, conta que diante de mudanças, a maior dificuldade é a prática. Por este motivo, ela elogia a oportunidade de testar a nova proposta antes do início do ano letivo de 2022. “Foi muito interessante perceber na prática como as disciplinas se unem. Testar isso com nossos pares e a possibilidade de trocar experiências é excelente”.
“Colocar a mão na massa” foi a ideia do Maxi ao promover o curso de formação de professores, de acordo com a coordenadora pedagógica do Ensino Médio, Luciane Prado. Ela explica que desde 2017, a escola já vem trilhando um caminho voltado para o protagonismo do aluno. “As nossas aulas já eram diferenciadas, com o uso de metodologias mais ativas e que oportunizam que o aluno seja independente e autônomo. O novo Ensino Médio traz ainda mais disso e vejo que o curso de formação fará com que os professores cheguem bem preparados, conhecendo o currículo e com um excelente planejamento de aulas”.
“Alunos de novo” – Com a proposta dos seminários, os professores tiveram que retomar seus lugares como alunos, pensando em grupo e elaborando conteúdos para a apresentação aos colegas. “É uma oportunidade de fazer testes antes da hora da prova, que no nosso caso é a sala de aula”, destacou o professor de Matemática Agnaldo Zulli.
A professora de Língua Portuguesa, Edilene Fernandes, conta que a atividade fez com que os professores pudessem reconhecer as dificuldades dos alunos, com as dúvidas que muitos têm. Para ela, o novo Ensino Médio deve ampliar as vivências das turmas na prática. “É o que chamamos de experenciar, ou seja, experimentar na experiência. E poder adaptar conteúdos para os alunos, compreendendo a realidade de cada um, será ótimo”.
O engajamento da equipe de professores do Maxi, que ao longo de quatro encontros, se dedicou a conhecer a proposta e planejar atividades, recebeu elogios do diretor geral da unidade. Segundo ele, o profissionalismo de todos reforça a qualidade acadêmica do Maxi. “Enquanto professores, temos que ter a consciência de que apesar do tempo de sala de aula que temos, nunca estamos prontos. Sempre há algo para ser aprimorado”.
“É uma oportunidade única de discutir novas perspectivas de ensino com nossos colegas, além de relacionar conteúdos por áreas que despertem mais o interesse dos alunos. Esperamos que eles tomem decisões que mudem não só sua formação acadêmica, como a trajetória de vida. Quando você estuda algo que lhe é de interesse, torna-se mais poderoso”, finaliza o professor de Física, Mohamad Fares.