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Saúde mental de alunos durante a pandemia é foco de atividades do Colégio Maxi

Ansiedade, estresse, tristeza e até depressão são alguns dos efeitos de uma situação de isolamento social, a exemplo da atual em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Somada a estes fatores, manter uma rotina de estudos, aulas virtuais, preparação para provas, entre outras atividades escolares, tem sido um desafio para estudantes. Em Cuiabá, o Colégio Maxi tem incluído o apoio e acolhimento emocional em suas aulas. A estratégia tem como objetivo auxiliar os adolescentes no dia a dia, além de contribuir com o desempenho escolar.

Desde o final de março, o Maxi adotou as aulas virtuais para manter o cronograma de 2020. Diretor geral da unidade, o professor Carlos Leão, conta que além de adaptações nos conteúdos das aulas, uso de plataformas digitais e aplicativos, orientações pedagógicas e atividades extras, a escola também tem focado no estado emocional dos estudantes. Segundo ele, a preocupação é quanto aos prejuízos na saúde psicológica dos jovens neste momento de distanciamento de amigos e familiares e incertezas quanto ao futuro.

“Estes jovens estão enfrentando muitas mudanças e alterações em sua rotina, tanto escolar quanto social. Evidentemente que isto afeta o humor, disposição e questões emocionais de cada um. Tivemos que pensar de que maneira oferecer o apoio que eles tinham quando nos procuravam em sala de aula, nos corredores, tendo um contato mais direto. Foi assim que incluímos em nossas aulas a abordagem ao lado emocional deles, pensando também no retorno às atividades normais e como será esta retomada”, pontua Leão.

A inclusão de temas relacionados ao estado psicológico está ligada ao Programa Rumo Certo, oferecido pelo Maxi às turmas da 6ª série do Ensino Fundamental ao 2º ano do Ensino Médio. O programa conta com atividades como debates, leitura de textos, rodas de conversa e atividades interativas e de socialização, promovendo o protagonismo dos estudantes desenvolvidos de forma integral e mais consciente. Uma das disciplinas oferecidas é “Saúde para vida”, conduzida pela professora Stefânia Borges. Em suas aulas, ela tem reforçado a importância da positividade, organização, empatia e gratidão para o equilíbrio emocional dos estudantes.

“Principalmente no começo do isolamento social, os alunos estavam muito perdidos, desanimados, achando até que o ano letivo já era ‘perdido’. Aos poucos e com as adaptações necessárias, conseguimos manter o ritmo de estudos, demonstrando a eles que a rotina deve seguir mesmo de dentro de casa e com as restrições que estamos passando. Por isso, a saúde emocional é tão importante e devemos dar mais valor”, frisa Stefânia.

Efeitos – Recentemente, uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, apontou a piora na saúde mental no período de isolamento de 65% dos entrevistados. O crescimento de sintomas de ansiedade, estresse e depressão também foi identificado na população. Ainda como parte das ações voltadas para o cuidado psicológico, na última semana o Maxi encaminhou uma pesquisa aos alunos para também identificar como está o estado emocional das turmas. A ideia é fazer um levantamento do quadro psicológico dos jovens durante a pandemia e atuar em conjunto com professores, coordenadores e familiares.

“A saúde emocional vem sendo abordada de diferentes formas com os alunos. Estamos separados pelo distanciamento, mas podemos nos aproximar deles de outras maneiras. O desempenho escolar é importante, porém, o estado emocional neste momento também”, destaca o diretor geral, professor Leão.

Proximidade – Chamadas de vídeo, rodas de conversa, lives musicais e até festa junina online. Vale de tudo para se manter mais próximos de amigos e colegas de sala. Nas últimas semanas, o Maxi investiu em eventos como o “Recreio n’roll”, que promoveu o show da banda Maoa, formada por ex-alunos, e transmitido ao vivo para as turmas. A cantora Laura Paschoalick também foi destaque no Fuzuê Caipira online, a festa junina virtual do colégio neste ano.

“Muitos alunos têm elogiado essa proximidade que a escola conseguiu manter mesmo durante a pandemia. Além de dar a sensação de que eles juntos, apesar do afastamento. Sem dúvida, é algo que traz muitos benefícios para a mente destes adolescentes”, finaliza a professora Stefânia Borges.