A Semana Pedagógica do Colégio Maxi, que é um momento de alinhar pontos e traçar estratégias para o ano letivo que se inicia, contou este ano com alguns ingredientes a mais. Além de ser marcado pela volta às aulas 100% presenciais, traz como novidade um Ensino Médio reformulado de acordo com as das modificações previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
A professora Luciane Prado, que até o ano letivo de 2021 respondia pela coordenação pedagógica do Ensino Médio, explica que a Semana Pedagógica de 2022 foi pensada com base em uma série de desafios, como a implantação de um novo currículo no Maxi. Foram três anos estudando a nova BNCC e a proposta do sistema de ensino utilizado pela instituição, o Anglo. Os professores, garante ela, estão muito seguros em relação à proposta e a questão agora é como isso se dará no dia a dia com os alunos.
A pandemia, claro, também foi um dos pontos principais de discussão. “Pensamos muito nessa semana no sentido de que se trata de um novo normal. Voltamos 100% presencial, mas eu não posso dizer que é como em 2019. Nós já pensamos também em um plano de ação para essa retomada conscientes de que vai ser um ano mais lento”, analisa, lembrando que certamente será preciso reforçar alguns conteúdos que não foram tão bem assimilados no sistema híbrido.
Por todas essas questões a primeira semana de aula, que se inicia no dia 31 de janeiro, será de sondagem, para ver como os alunos estão chegando, de diagnóstico mesmo. A equipe, salienta Luciane, está preparada para dar apoio pedagógico àqueles que precisarem.
O novo coordenador do Ensino Médio, Paulo Rogério e Silva, ressalta a importância desse alinhamento da equipe tanto pedagógico como de postura, onde são abordados projetos, ações previstas, dinâmica das aulas e enfrentamento da pandemia antes de receber os alunos. “Estávamos conversando sobre isso, fazendo essa reflexão com todos, de que nós estamos entrando num período de aula 100% presencial, mas ainda com muitos casos na cidade. Isso traz um cenário instável e requer atenção de toda a sociedade. Isso nos faz projetar nossa prática pedagógica considerando os aprendizados que a pandemia nos trouxe, porém, olhando para o futuro e pautados nas certezas que temos hoje, afim de proporcionar aos alunos um ambiente adequado para uma aprendizagem real e significativa”, alerta.
A Semana Pedagógica foi um momento em que os professores puderam também falar sobre o que estavam sentindo, diz a coordenadora do Ensino Fundamental, Lilian Kelly de Lima Rodrigues. “É importante para nós, como gestão, ouvi-los. Esse é o momento de sabermos também quais são as angústias, as dúvidas, para que possamos montar um plano de ação, continuar com que temos, fazer algumas adaptações. Isso é muito importante. Apesar de serem professores que já estão há anos na lida, a gente tem um momento novo realmente, vivenciando muitas angústias, ansiedade”, destaca.
Para a professora de Biologia Gleice Cristina Oliveira esse momento de escuta é muito importante “porque estamos tendo essa oportunidade de compartilhar e o mais legal de tudo isso é que a gente está observando que não é uma angústia específica minha, é de todos. Essa dinâmica é muito importante, nos dá uma segurança maior de encarar esse ano, porque a expectativa está grande”, conclui.
A Semana Pedagógica contou com duas importantes palestras na programação. A primeira delas, aconteceu no dia 24 de janeiro, com a presença de Velma Regina – especialista em psicopedagogia clínica e institucional, e em neuropsicopedagogia, que abordou o “Trabalho docente em tempos de pandemia e pós-pandemia: O desafio de um novo olhar para o acolhimento e o autocuidado. A segunda apresentação (25/01) foi ministrada por Sandra Dedeshi – mestre em Psicologia Educacional, especialista em Didática do Ens. Superior, Educação e Psicopedagogia, Relações interpessoais na escola e Psicopedagogia Clínica e Institucional, que abordou temas como Clima Escolar, Convivência Ética e Comunicação Construtiva.
