De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama, ou ainda guerras e homicídios. Essas informações, divulgadas por ocasião da campanha Setembro Amarelo, mostram a necessidade urgente de tratar do assunto, que foi abordado com alunos do Ensino Médio na segunda e na terça-feira (26 e 27 de setembro) pelo Colégio Maxi dentro do programa Rumo Certo. O propósito da ação foi promover a reflexão sobre o tema e, principalmente, a valorização e promoção à vida.
A professora Stefânia Ribeiro Borges, que leciona a disciplina de “Saúde Para Vida”, explica que o programa Rumo Certo trabalha pilares importantes, como a convivência ética, sexualidade, alimentação saudável, atividade física, projeto de vida, e falar sobre o Setembro Amarelo está dentro desse escopo. Foi feita uma ação com os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental I, 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, abordando o tema e abrindo espaço para os alunos falarem sobre o assunto.
“É uma ação da disciplina junto com a psicóloga escolar Natália Piva. Como trabalhamos as emoções, o autoconhecimento, que faz parte do Projeto de Vida, então nada melhor do que trabalhar essa questão do suicídio. Foi um espaço realmente aberto para falar sobre o tema e poder dar espaço para uma conversa”, salienta, ressaltando a importância de dar voz aos jovens.
Natália Piva lembrou que hoje o suicídio é uma questão de saúde pública e, ainda assim, é um mito, um tabu falar sobre suicídio. “Então estamos fazendo essa ação aqui na escola para demonstrar a importância de falar sobre, de pedir ajuda, reconhecer os sinais. É importante não só trabalhar com os alunos, mas a escola no contexto geral”, frisa.
Os alunos reconheceram a urgência do tema. “Eu acho que foi essencial. Ao longo da atividade eu até esclareci para alguns professores como eu percebia os sinais que foram relatados, como eu percebia em outros alunos no nosso convívio. Então acho de extrema importância até para os alunos se enxergarem nessa situação e os colegas ao redor enxergarem que a pessoa está sofrendo”, opina Ana Clara Totta, do 2º Ano D.
“Achei extremamente necessário porque apontou as características, os sinais, como a gente pode identificar uma pessoa e eu achei também que foi importante para a própria autoavaliação. Às vezes as pessoas têm mas elas não sabem. Na hora eu percebi em algumas pessoas apreensão sobre o assunto, que começaram a ficar ansiosas. Sou bastante detalhista”, conta Gabriel Matielo, do 2º D.
Foi destacada inclusive a importância de o colégio estar atento ao tema. “Acho importante também a escola se disponibilizar em ajudar, os alunos se sentirem realmente abraçados”, enalteceu Ana Clara.
Por: Pau e Prosa Comunicação